quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Ilha Grande. Minha nossa!

Olhando a cara de alegria das minhas filhas, a cor do mar, a mata quase intocada, pode-se imaginar que estamos no paraíso. Bem, para muitos é mesmo. De tanto ouvir falar da tal da Ilha Grande, um dia resolvi aproveitar umas férias coletivas e passar um tempo por lá. Já disse: tendências masoquistas.
Pesquisando na internet até que tudo me pareceu bem razoável. Um centrinho, alguns restaurantes, sorveteria, animação para as meninas. Ok. Vamos lá.
E fomos. Eu, Laura, Marília e Hans, um amigo alemão. Eu não poderia estar em pior companhia. Adolescentes e alemães têm energia de sobra.
A viagem foi tranquila. Com carro de São Paulo até a cidade de Angra dos Reis. Por favor, o que é aquilo? Menos mal que todas as pessoas que se encantam com esse pedaço do nosso litoral chegam embarcadas e vão direto para as ilhas que a marinha gentilmente cede em comodato para os nossos milionários.
Com fome e ainda tendo que esperar a balsa para a travessia, custamos a achar um restaurante. Bem, achamos. Comemos até que bem.
Carro no estacionamento. Embarque. Tédio. Não sei quanto tempo levou a travessia. Acho que as caravelas demoram bem menos para chegar por aqui do que eu lá.
Quando chegamos, surpresa! A pousada reservada por mim - e nem podia reclamar, ficava a centenas de metros morro acima. Tudo bem, existe um serviço que leva as mochilas até o local. Mas quem me levaria?

Já sabia. Chove na Ilha Grande. O traje de passeio era capa. Os caminhos eram lama. Na primeira noite que eu tive que subir da Vila do Abraão até a pousada levei um tombo fenomenal. Posso dizer que o posto de saúde funciona bem. Não quebrei nada, mas fiquei com o olho inchado. Minha filha, gentil, disse que eu estava parecendo uma lula.
Quando parou de chover, fomos fazer um passeio muito recomendado por todos. Uma trilha até a Praia Lopes Mendes. Andei, andei e andei. Na trilha, era bonito apreciar a variação da flora: uma samambaia, uma orquídia, outra samambaia, outra orquídia, e assim foi. Depois de horas, chegamos. E o que vi: uma praia. E pior, sem nenhum vendedor de cerveja.
Ms fiquei mesmo encantada quando descobri que, em uma praia no meio do caminho, poderia voltar em um táxi boat. Isso! Por 2 reais, eu estaria entregue no Abraão. Economizei 2 horas de caminhada. Tudo bem que ainda teria que andar até a pousada.
Existem passeios mais leves. Pegue uma escuna, pague uma fortuna, ancore e veja de longe lugares que você nunca vai poder usufruir se não tiver 1 milhão de dólares.
Para seres como eu, a Ilha Grande é difícil. É longe, é cara - comer razoavelmente bem custa muito, é molhada e tem muitos pernilongos.
A pousada que fiquei era boa. Os donos, uma brasileira e um alemão, sempre gentis. A ceia do reveillon foi bem agradável. Fica aqui o link http://www.cachoeira.com/
Quem quiser tentar, boa sorte. Mas leve repelente.

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