quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A brisa é boa.

Natal pode ser considerada uma cidade ecologicamente correta. A brisa, além de substituir o ar condicionado com louvor, espanta as muriçocas dispensando o repelente em spray (até eu sei que os gás que permite dar uma spreiada agride a camada de ozônio). O povo é gente fina, a comida é boa, dá visitar um forte fundado lá pelos anos 1500 e que não está caindo aos pedaços.
Mas, se o patrimônio histórico está muito bem preservado, o natural está entregue a sabe-se lá quem. Ou sabe-se.
As dunas são famosas e não sem motivos. Imensas e cheias de surpresas. As boas: as lindas lagoas que aparecem assim, do nada. As ruins, também aparecem do nada e costumam causar muitos estragos.
Todo santo dia e em dias nem tão santos assim, bugues e mais bugues sobem e descem pelas dunas carregando gente que quer sentir emoção. Não entendo o que pode ter de emocionante escalar uma montanha de areia em cima de um carro barulhento, fumacento e nem um pouco confortável. Não dá para ver nada, não dá para tirar nem uma mísera fotinha. O pior, é que muita gente morre por lá.
O mais engraçado (hum!) é que depois do passeio, todos vão ou ralar a bunda escorregando sentados em uma tábua ou montar em um dromedário em plena Genipabú, com direito a fantasia de beduíno e tudo (claro, o cara que teve essa ideia tá rico e é dono de uma empresa de eventos).
Uma dica: dá para assistir essa reedição local de Lawrence da Arábia de camarote, tomando uma cerveja e comendo umas patolas de caranguejo bem ali, no Bar 21.



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